sexta-feira, 6 de março de 2009

E a vida se renova


E a vida se renova


Não há mais tempo...
a espera se completa!!!
Um grito ecoa de dor,
anunciando a chegada do destino
enquanto o mundo o espera.
A boca sorri tortuosa,
maldizendo a dança dos temores.
Não ouso sussurrar o caos,
nem tampouco parar o inevitável.
O terço se enrosca em minha língua,
e enquanto o primeiro sinal se mostra,
agarro-me nas mãos divinas do Criador.
A garganta já cansada,
permite o sibilar do cio.
Abstenho-me de meus pudores,
enquanto conjugo um bocado da lua.
A alma pulsa displicente, radiante
sob a fronteira da dor, toda nua.
E o milagre da vida se completa,
trazendo à luz, a esperança
na alma de uma nova criança.
E a vida se renova...

(Pillar Rios)

Ciclo da Vida

Ciclo da Vida
O olhar
O toque
O amor

A descoberta
A chama
A entrega

Corpos que se unem...
Almas que se gozam...
Destinos entrelaçados...

A fusão
A espera
A dor

A magia
O choro
O despertar

Um laço que se rompe no cordão do amor...
A vida a se renovar...
Um ciclo a se completar!!!

(Pillar Rios)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Canção da Lua

Observando-a, minha doce lua,
vejo uma bela e sensual mulher,
tira seu véu de núvens e fica nua
deixando-me sem uma ação sequer...

Ontem a admirei, deslizava no azul
qual Afrodite em sua cristalina piscina,
fiquei zonzo, perdi o meu norte e o sul
e adorei-a até o surgir da nova matina...

Hoje meu coração está cantando
em homenagem à sua suave aparição
e estarei a cada dia mais admirando
a bela mensagem de sua eterna missão...

Vai, continua seu deslumbrante passeio,
encantando namorados de tantas gerações,
embora astronautas já freqüentem seu meio
estará sempre apaixonando nossos corações...

Autor: grande amigo poeta Lupércio Mundim
Poesia encontrada no site http://www.mundim.net/Poesias/Lua.htm
Todos os direitos reservados

Minha

Minha,
atos e intenções,
fatos e confissões,
fotos e recordações...

Minha,
abraços ao luar,
beijos à beira-mar,
o sorriso e o olhar...

Minha,
de corpo e alma,
tirando minha calma,
deixando-me em sua palma...

Minha,
inteira a me querer,
levando-me a enlouquecer,
jamais poderei te esquecer...

(Autor: grande amigo poeta Lupércio Mundim)
Poesia encontrada no site http://www.mundim.net/Poesias/Minha.htm
Todos os direitos reservados

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Crescer

Crescer

Olho-me no espelho...
Confusão!!!
Busco uma resposta...
Solidão!!!
Sigo passos alheios...
Multidão!!!
Sonhos e fantasias...
Frustração!!!
E assim vou crescendo...
Indagando...
Descobrindo...
Chorando...
Sorrindo...
Reclamando...
Seguindo...
Enfim...
Transformando-me
Num novo e maravilhoso ser!!!
Novas formas...
Novos caminhos...
Novas idades!!!
Tudo é tão novo...
Tudo é tão estranhamente novo e lindo...
Sinto-me maior...
Sinto-me melhor...
Sinto-me Mulher!!!
(Amanda Prudente Vaz - poesia premiada em 2004)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pegadas de minha existência

Pegadas de minha existência

O dia que queima a boca da noite,
queima também as bordas de min’alma.
A noite que chega, corta minha respiração –
sou agora poeira que restou do dia,
mergulhada na escuridão.
Na noite que chora, vejo a verdade
profanada na mentira do dia,
envolta no som da insanidade do mundo.
Abasteço-me então de energias,
Renovo meu sopro,
Renego minhas vergonhas,
Revigoro minha fé,
Reativo minhas esperanças,
Mergulho em meu eu e
sigo destemidamente,
em busca das pegadas de minha existência...
Até que a noite enfim durma mais uma vez,
e se entregue aos braços de um novo dia.
(Pillar Rios)

Concretudes inevitáveis

Concretudes Inevitáveis
Caminho em cadência de quem medita...
E enquanto caminho, penso: sou um mito criado para que o sofrimento encontre acolhida.
Estou cheio de questões delimitantes...
Uma voluptuosa vontade de compreender o todo, funde-se num vasto único, povoado de memórias e da inconsciência do agora.
Os ruídos do mundo fazem-se desrespeitosos, tirando-me de uma realidade pressuposta, e impelindo-me para concretudes inevitáveis, onde o tempo me é fiel.
O decorrer é quase falso quando me encontro de volta ao ponto de partida...
Dirijo meu olhar ao nada, preenchido das esperanças de um coração que está prestes a parar, inexoravelmente.
Elevo minhas preces aos céus, e enquanto espero, busco algo que traduza o sentido de minha tortuosa existência, pois o futuro já não existe e é passado no que resta de minha caminhada já esquecida.
Nesta hora metafísica, minha mente já confusa, compõe-se de imagens insólitas e ímpetos desorganizados.
Paro....e então deparo-me com o sorriso de minha alma, aconchegando-me e conduzindo-me a um novo mundo.
(Pillar Rios)

Qual de nós sou eu


Qual de nós sou eu


Tenho olhado no espelho por tanto tempo...
que chego a acreditar que minha alma está do outro lado
presa, espelho arranhado, quebrado, caindo.... pedaços de mim
espalhados, irregulares, sem face
afiados demais para serem colocados de volta no lugar
e pequenos demais para terem alguma importância
Tomo fôlego e tento elevar meu espírito!
Olho em frente e chamo por você (ou será por mim?)
Convença-me de que algum dia fui inteira
e que tudo isso fará sentido quando eu me juntar....(se eu me juntar!)
Mas já não sei mais a diferença
entre mim e esse reflexo distorcido
e não posso evitar de perguntar
Qual de nós sou eu mesma?
(Pillar Rios)

Amor

Amor...
Gota suave que tomba
no cálice da vida
para diminuir seu amargor
Rastro de Deus
que desenha sonhos e histórias
nas praias dos homens
Lampejo do eterno
riscando as trevas do tempo
trazendo luz e harmonia
No amor a vida permuta sintonia
num dueto de gratidão
e com a mais pura precisão
a vida se faz numa só canção!
(Pillar Rios)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Volúpia

Volúpia
Mergulho...
Sigo em frente,
bem devagar,
por entre águas novas,
ora turvas, ora mansas,
mas sempre novas.
Flutuo silenciosamente,
e o som de minha respiração,
acompanha o rítmo da vida.
Silhuetas ao balanço do amor,
volúpia, devassidão, imensidão.
Já não vejo o passado,
sequer diviso o futuro.
Unidos num único sonho,
somos apenas presente,
sentimento e alma,
nascente e poente.
Fora de mim,
numa vaga sanidade,
só o tempo conluiado,
anunciando a fantasia do momento.
Dentro de mim,
uma lascívia eminente,
sem qualquer decência,
borbulhas, concupiscência.
Continuo meu caminho,
e cada vez mais fundo,
percorro reinos nunca antes visitados,
mas infinitamente desejados.
A cada movimento,
uma sincronia perfeita,
sensação de plenitude,
turbilhão de emoções.
Já não dá mais para voltar – e nem o quero!
Só me resta agora, chegar ao pé do arco-íris,
e compartilhar de seus tesouros mais íntimos,
para então emergir novamente para a realidade.
(Pillar Rios)

Sol e Lua

Sol e Lua


Se tudo na vida é relativo,
relativa também é a idéia
que fazemos da possibilidade da vida.
Se eu pudesse entrar em seu pensamento
e você em minha alma fecunda...
Se eu pudesse ser suas palavras
e você a minha rima...
Se eu pudesse ser céu e inferno
até as entranhas mais profundas...
Misturando nossas mentes,
em nossos corpos ardentes...
Até eu entrar na sua tela
e você no meu poema...
Se eu fosse seu pincel
e você meu pensamento...
Se eu fosse seu sentimento
e você o meu papel...
Se eu fosse sua pintura
e você o meu poema...
Se eu fosse sua obra
e você a minha inspiração...
Seríamos poema e pintura,
Seríamos beleza e ternura,
Seríamos alma e coração.
Seria você o Sol, seria eu a Lua,
e numa dependência quase universal,
você seria o dia, e eu, a noite, toda sua!
(Pillar Rios)