quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Volúpia

Volúpia
Mergulho...
Sigo em frente,
bem devagar,
por entre águas novas,
ora turvas, ora mansas,
mas sempre novas.
Flutuo silenciosamente,
e o som de minha respiração,
acompanha o rítmo da vida.
Silhuetas ao balanço do amor,
volúpia, devassidão, imensidão.
Já não vejo o passado,
sequer diviso o futuro.
Unidos num único sonho,
somos apenas presente,
sentimento e alma,
nascente e poente.
Fora de mim,
numa vaga sanidade,
só o tempo conluiado,
anunciando a fantasia do momento.
Dentro de mim,
uma lascívia eminente,
sem qualquer decência,
borbulhas, concupiscência.
Continuo meu caminho,
e cada vez mais fundo,
percorro reinos nunca antes visitados,
mas infinitamente desejados.
A cada movimento,
uma sincronia perfeita,
sensação de plenitude,
turbilhão de emoções.
Já não dá mais para voltar – e nem o quero!
Só me resta agora, chegar ao pé do arco-íris,
e compartilhar de seus tesouros mais íntimos,
para então emergir novamente para a realidade.
(Pillar Rios)

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