sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pegadas de minha existência

Pegadas de minha existência

O dia que queima a boca da noite,
queima também as bordas de min’alma.
A noite que chega, corta minha respiração –
sou agora poeira que restou do dia,
mergulhada na escuridão.
Na noite que chora, vejo a verdade
profanada na mentira do dia,
envolta no som da insanidade do mundo.
Abasteço-me então de energias,
Renovo meu sopro,
Renego minhas vergonhas,
Revigoro minha fé,
Reativo minhas esperanças,
Mergulho em meu eu e
sigo destemidamente,
em busca das pegadas de minha existência...
Até que a noite enfim durma mais uma vez,
e se entregue aos braços de um novo dia.
(Pillar Rios)

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